Resumão de 2021
Em 2021, houve um aumento recorde de 20% em comparação com o ano anterior. Esse crescimento expressivo pode ser atribuído a dois fatores principais.
O primeiro foi a retomada econômica após o pico da pandemia em 2020. Após a recessão profunda vivida ano anterior, os setores que foram fortemente impactados pelas restrições de circulação começaram a se aquecer novamente.
O segundo fator é o aumento significativo na conta de energia elétrica, especialmente no segundo semestre de 2021.
A falta de chuva levou à escassez de recursos hídricos, o que afetou consideravelmente a geração de energia elétrica no Brasil, que tem sua matriz energética predominantemente hídrica.
Com o acionamento das termoelétricas para evitar apagão, houve um aumento na conta de energia de todos brasileiros, que superou os 20%.
Esses dois fatores trouxeram uma aceleração na procura por soluções para reduzir os impactos e abriram caminho para um crescimento ainda maior em 2022.
Energia solar em 2022
O setor de energia solar em 2022 bateu um recorde histórico no Brasil, gerando uma potência de 22,3 gigawatts.
Com isso, a energia solar ultrapassou a energia eólica já nos primeiros dias de 2023 e se tornou a segunda maior fonte de geração de energia elétrica no país.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), houve um aumento de 59,4% na capacidade de usinas e sistemas de geração própria de energia em comparação com o ano anterior.
A indústria também recebeu mais de R$113,3 bilhões em investimentos e gerou mais de 670 mil novos empregos.
Segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o aumento na capacidade operacional de energia solar soma 14,98 gigawatts de geração distribuída e 7,01 gigawatts de geração centralizada.
Além disso, os dados indicam que o crescimento na produção de energia solar se deve principalmente ao início das operações de novas usinas de grande porte no país e ao aumento na procura por instalações fotovoltaicas impulsionado pela Lei 14.300/2022.
Lei 14.300 – Marco Legal da Energia Solar
Sancionada em 06 de janeiro de 2022, a Lei 14.300/2022 instituiu a criação do Marco Legal da Geração Distribuída.
A principal mudança está relacionada ao pagamento de uma taxa que altera a composição da conta de luz, que ficou conhecida como “taxação do Sol”.
Essa taxa refere-se ao Fio B, uma parte do TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição), um dos mais importantes elementos que compõem a tarifa de luz.
O Fio B envolve os gastos referentes ao uso da infraestrutura da rede de distribuição da concessionária local até os pontos de consumo.
Falamos sobre essa “taxação do sol” e como pode te afetar em um outro artigo. Você pode conferir clicando aqui.
A Lei 14.300 entrou em vigor dia 07 de janeiro de 2023 e já passou a valer os critérios estabelecidos pela lei.
Expectativas para 2023
A projeção da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) prevê um aumento de 42% na capacidade da energia solar fotovoltaica para 2023.
Essa estimativa de crescimento sugere que o setor deve alcançar uma capacidade de 34 gigawatts este ano.
A maior parte dessa capacidade virá de sistemas de geração distribuída, que são instalados em telhados de residências e pequenos negócios e permitem a injeção de créditos na rede elétrica da concessionária.
Gostou desse conteúdo? Não deixe de acompanhar as novidades sobre o setor de energia solar em nosso blog!
Ficou interessado em ter energia solar em sua residência ou na sua empresa? Clique no botão de simulação a seguir e faça uma simulação online e gratuita!